sábado, 9 de abril de 2011

À Nossa Dumblane .

Alô Alô Minha Gente. Gente humilde,gente triste,gente chocada com o que viu.

Na quinta feira,7 de Abril,acordei contente,quase esquecida das decepções do texto anterior,foi uma quarta a noite com rodada cheia e muitos acontecimentos em campo e eu estava louca para me sentar aqui e falar,alegremente,sobre as quatro linhas. Não pude,fui atropelada pelo que parecia um filme de terror,atirado da tela do meu televisor direto no meu colo.

Como assim,um atirador invadia uma escola em Realengo e matava crianças? Este país é o Brasil,aquele é o Rio de Janeiro,cidade de sorrisos largos,da roda de samba,dos melhores amigos de infância,feitos à 5 min atrás!Isso não acontece por aqui, ou este louco errou de país ou as legendas da reportagem estão trocadas!

Era mesmo aqui,no meu país,na minha cidade. Mais tarde,pesquisando descobri que não era a primeira vez,nunca em tamanha proporção mas já havia acontecido antes.
Onze crianças,entre 12 e15 anos mortas,mais de 60 tiros disparados,10 crianças ainda continuam internadas,o atirador morto por um PM herói, avisado por um super-menino,que mesmo tendo levado três tiros,conseguiu fugir e chamar o policial que fazia uma blitz ali perto e a sociedade estupefada diante de tanta dor e barbárie.

Neste horror, que nos socou o estômago,que nos estapiou a cara,somos todos vítimas e culpados e cabe a nós, sociedade que ,direta ou indiretamente,facilitou o acesso de um psicótico à armas de fogo,que não conseguiu resolver a contentento a equação que coloca juntos, segurança eficaz e participação da comunidade nas escolas, cabe a nós, repensarmos nossas escolhas, reavaliar e decidir que tipo de cidadania queremos exercer e ensinar à nossos filhos .

Que a morte dessas meninas e meninos não seja em vão,que os sonhos arrancados dessas crianças e seus pais,de forma tão brutal,sirva para,pelo menos brigarmos por uma sociedade mais responsável,que saiba exatamente o real valor de todas as coisas.

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