sábado, 16 de abril de 2011

¨Angélica ¨

Alô Alô Minha Gente! Alô Alô que a nêga hoje vai abrir um parêntese!

Este é um espaço onde falo quase sempre de futebol mas ás vezes,outros universos me tocam e foi o que hoje aconteceu.
Gosto de visitar alguns blogs,na maioria de comentaristas esportivos e hoje ,pela manhã, fui ler o texto de Juca Kfouri.Não era sobre bola,nem sobre o campo,nem mesmo sobre as ¨maracutaias¨que envolvem esta paixão nacional.Juca postava sua ficha da época dos anos de chumbo que este país viveu.Como todas as outras,um amontoado de imbecilidades,que nunca conseguiram justificar a prepotência daqueles tempos. Os comentários entretanto me assustaram.
Muitos a favor daquela ditadura,muitos defendendo um regime ditatorial como  solução de problemas que hoje afligem nossa sociedade,muitos tentando explicar a necessidade do uso da mesma truculência e somente uns poucos repudiando o período e o ¨modus operanti¨.Entre os que defendiam,(em maior número),e entre os que acusavam,quase nenhum embasamento histórico e tudo aquilo foi mexendo comigo e trazendo de volta passagens muito próximas da minha vida. Resolvi,então,vir aqui e reproduzir a opinião que dei lá:

             
Que país é esse ,meu Deus, que não conhece a própria história?
Que país é esse que não reverencia o sangue derramado,em prol da liberdade de estar-se aqui hoje,mesmo que seja à falar tanta bobagem?
Que país é esse,meu Deus, que matou meu pai,levou minha irmã,moeu o útero de minha mãe,afogou meu filho e não respeita a minha dor?
Que país é esse,cuja mão do carrasco é hoje,a língua da ignorância?
Que país é esse,meu Deus,que elegeu o operário,a guerrilheira mas não reverencia a própria história,não respeita o sangue derramado e não conhece a minha dor?

Aos que nasceram neste chão e aos que aqui vivem por paixão,a história é feita de fatos e eles falam por si. Não há como negar,não há como adequar,não há como apagar. Só podemos aceitar,incorporar,para o bem e para o mal,nos apossarmos deste caminho que de uma maneira ou de outra,todos nós percorremos ao mesmo tempo embora nem sempre juntos.
 

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